Do inglês ao emprego, a via da internacionalização de Santa Catarina
- Paulo Bornhausen
- 12 de ago.
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Atualizado: 18 de ago.

Quem quer competir no mercado global precisa falar inglês. Não é questão cultural, mas pura estratégia de negócios. Nesse ponto, Santa Catarina está bem posicionada no cenário nacional. Os números recém-divulgados confirmam esse diferencial competitivo. O estado lidera o ranking brasileiro de proficiência em inglês do EF English Proficiency Index 2024, com 535 pontos, e Florianópolis ocupa a primeira posição entre as capitais brasileiras, com 565 pontos. É uma liderança para ser comemorada — favorece nossas condições de disputar oportunidades em qualquer lugar do mundo.
O inglês é o idioma global. Há uma necessidade prática aí. Desde a consolidação do império britânico até a influência econômica e do soft power americano, passando pela facilidade de aprendizagem, o inglês se consolidou como a ferramenta universal de comunicação. Não se trata de diminuir a língua de Camões, muito pelo contrário. É sobre o catarinense ter uma habilidade adicional que amplia suas possibilidades.
Por que isso importa tanto? Simples: é uma peça fundamental na nossa estratégia de internacionalização. Quando um empresário catarinense negocia exportações, quando recebemos turistas estrangeiros — que chegam em número crescente —, quando nossos desenvolvedores programam em linguagens que têm base inglesa, estamos falando de competitividade real. O domínio do inglês amplia a empregabilidade, atrai empresas globais e facilita a inserção dos nossos talentos em cadeias de valor internacionais, especialmente nos setores estratégicos do estado: tecnologia, turismo, indústria e comércio exterior.
Santa Catarina em primeiro lugar no ranking
Além disso, grande parte do conhecimento técnico e científico de alto nível está disponível primeiro em inglês. A proficiência no idioma amplia o acesso à informação, ao aprendizado e à pesquisa de ponta — algo essencial na era digital em que vivemos.
Então, qual é o desafio? Santa Catarina está bem posicionada, mas precisamos fortalecer o estado como porta de entrada do mundo no Brasil. Já superamos a média brasileira — que está em queda, assim como a média global.
A inteligência artificial vai trazer avanços incríveis nas tecnologias de tradução simultânea. No entanto, a interação humana ainda é muito valorizada nas relações interpessoais. Networking, fechamento de negócios, construção de confiança — isso ainda depende muito da nossa capacidade de nos comunicarmos diretamente. Neste quesito, a IA será uma grande ferramenta, não um substituto completo.
O resultado do EF English Proficiency Index mostra que estamos no caminho certo. Agora é acelerar para ampliar a posição de Santa Catarina na liderança e transformar essa vantagem competitiva em mais empregos, mais investimentos e mais oportunidades para os catarinenses.